Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Páginas: 304
Nota: 4/5
Sophie sempre quis ir a um evento da sociedade londrina. Mas esse parece um sonho impossível. Apesar de ser filha de um conde, ela é fruto de uma relação ilegítima e foi relegada ao papel de criada pela madrasta assim que o pai morreu.
Uma noite, porém, ela consegue entrar às escondidas no aguardado baile de máscaras de Lady Bridgerton. Lá, conhece o charmoso Benedict, filho da anfitriã, e se sente parte da realeza. No mesmo instante, uma faísca se acende entre eles.
Infelizmente, o encantamento tem hora para acabar. À meia-noite, Sophie tem que sair correndo da festa e não revela sua identidade a Benedict. No dia seguinte, enquanto ele procura sua dama misteriosa por toda a cidade, Sophie é expulsa de casa pela madrasta e precisa deixar Londres.
O destino faz com que os dois só se reencontrem três anos depois. Benedict a salva das garras de um bêbado violento, mas, para decepção de Sophie, não a reconhece nos trajes de criada. No entanto, logo se apaixona por ela de novo. Como é inaceitável que um homem de sua posição se case com uma serviçal, ele lhe propõe que seja sua amante, o que para Sophie é inconcebível.
Agora os dois precisarão lutar contra o que sentem um pelo outro ou reconsiderar as próprias crenças para terem a chance de viver um amor de conto de fadas. Nesta deliciosa releitura de Cinderela, Julia Quinn comprova mais uma vez seu talento como escritora romântica.
OPINIÃO:
Em Um Perfeito Cavalheiro vamos conhecer mais sobre Benedict Bridgerton, um homem lindo, bondoso, amoroso. E também sobre Sophie Beckett, uma garota que sempre sofreu muito, mas que tem um coração bom demais.
Sophie é fruto de uma relação ilegítima de sua mãe com um conde, portanto nunca foi reconhecida por ele como filha. Então, após a morte do conde, passa a ser tratada como uma criada pela madrasta, que a maltrata e a rejeita das piores formas possíveis.
O maior desejo de Sophie era poder participar de algum evento da sociedade e é quando em uma noite, ela consegue ir à um baile de máscaras às escondidas, mas não um baile qualquer e sim um baile na casa dos Bridgertons. E é assim que ela e Benedict têm o primeiro contato, mas como estão de máscaras e Sophie não pode revelar quem é, Benedict fica sem saber quem é a misteriosa dama com quem teve um momento mágico, pois ela é avisada que à meia noite precisa sair de lá com muita rapidez, e é o que ela faz, vai embora sem deixar nenhuma pista. Os dois se reencontram três anos depois, mas Benedict não a reconhece com os trajes de criada, o que não quer dizer que não se interesse por ela, porque é uma moça linda.
Esse livro tem um ar de Cinderela, é óbvio. A mocinha maltratada, a madrasta má, o príncipe que se encanta pela mocinha que parece uma princesa quando a vê pela primeira vez e tendo que buscar mais sobre ela, pois precisa saber quem é aquela mulher que mexeu tanto com seu coração.
Essa história me fez rir, me fez chorar, me fez ficar com raiva e também com dó. Sophie sempre foi uma pessoa sozinha e eu queria muito abraçar essa garota e dizer que ia ficar tudo bem no final. Ela tem suas convicções e não abre mão do que acha certo só porque ama alguém e eu achei isso maravilhoso. Confesso que não gostei da proposta que Benedict fez à Sophie para que fosse sua amante, e a apoiei na decisão de recusar a oferta, mas também compreendo que naquela época um homem na posição dele não poderia se casar com uma criada sem serem vistos com maus olhos. Mas tirando esse ponto, achei os dois juntos a coisa mais fofa e mais linda! Só o fato de Sophie enxergar Benedict como uma pessoa e não como mais um Bridgerton, mais precisamente o Bridgerton número 2, foi fantástico! E só conseguia torcer para que tudo desse certo para os dois e que finalmente tivessem um final feliz.
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